quarta-feira, 9 de abril de 2008

Convívios - o dia do Melão.

Na Guiné Bissau. A cidade de Bissau era acolhedora e bem alegre. Apesar das diferentes culturas que por lá estacionavam ( em particular de Bissau) e diferentes tipos de trato, era excelente a forma como convivíamos.
Tudo era pretexto para nos encontrarmos, num espaço em que não abundavam as actividades e os filmes no Cine Udib, ou nos centros culturais das embaixadas, não ofereciam novidades ( um filme era projectado durante quinze dias, como era o caso do cinema público).
Um dos casais de portugueses com quem lidámos era o formado pelo Fernando e pela Cecília.
Sempre activo, o Fernando tinha uma bela horta. Como o terreno saibroso conquistado ao pântano era improdutivo, tratou de ir buscar terra da bolanha e adubo de galinha na granja. Uma das suas plantações foram os melões de Almeirim.
O dia da colheita foi logo aproveitado para um convívio internacional. Esses convívios permitiam a prática da partilha dos bens que constituíam a reserva de alimentos e bebidas fruto de providenciais encomendas dos familiares, permitia reduzir as diferenças e conhecermos um pouco de todos.

Juntavamos portugueses, russos, ukranianos, cubanos, guineenses, alemães, americanos etc ( nunca aconteceu com chineses ou coreanos (não calhou).

Celebrávamos, por isso, tudo quanto era data: O dia do Exército Vermelho, o dia da festa do Ramadão, o Natal em duas datas ( o católico e ortodoxo), a páscoa, o dia do estudante, da criança, do professor, do massacre do pidjiguiti, o dia da independência, o dia 25 de Abril....

Neste caso o do melão. Juntamos o pessoal no jango que ficava entre os dois pavilhões reservados aos cooperantes, no antigo quartel da marinha. Ora vejam:

















A primeira fatia cortada pelo chitaqueiro. ( O Luís Zuzarte foi o primeiro e a Manuela chupa um cigarro)











Mas agora foi a vez dela ( a Teresa aguarda)







A capar o melão. Desta vez o Luís Zuzarte ( infelizmente já falecido). Da esquerda para a direita o Pedro, seguido pelo Alberto, a Cecília chitaqueira, o Vladimir, a esposa do Pogossian, a Teresa, o Luís, o Manuel Brito e de costas o Pogossian. Ao centro... é para dentro, pois vai bem com o melão e com o chouriço.







Claro que havia os Vivas que demoravam vários minutos, sempre com vodka Stalichnaia ou Limonaia.





A Teresa, o Manuel Brito por trás, o Carlos, o Pogossian, o Vladimir, a Galina, ?, de costas a Ana, a Gisela, o Pedro.



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